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País 5 de agosto de 2023

Escrito por: Diário Digital Castelo Branco/Lusa

JMJ: Peregrinos protegem-se do sol com alpendres improvisados, sombrinhas e guarda-sóis

No sítio oficial do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) lê-se que o distrito de Lisboa está hoje em aviso laranja e no domingo em aviso vermelho.

Um grupo de nove jovens sul-coreanos, de Seul, estendia esta tarde, pelas 16:00, no setor A, um pano de três metros quadrados de dimensão, usando cordas agarradas às grades da barreira de proteção, para se refugiar do sol e das elevadas temperaturas, a rondar os 35 graus.

Um outro grupo de jovens italianos chegava com colchões e sacos de cama e seguiu o exemplo dos companheiros coreanos, montando uma espécie de alpendre com a ajuda de cordas agarradas a caixotes do lixo e grades de ferro, para proteção do calor escaldante.

Há mesma hora, junto das casas de banho cor de laranja do Parque Tejo, a peregrina Odete Silva, 60 anos e de Castelo Branco, resguardava-se com as amigas do sol na sombra dos WC montados para a JMJ.

Munidas com sombrinhas, panamás, protetor solar, garrafas de água e cadeiras, a peregrina Odete e as duas amigas esperavam que voluntários lhes trouxessem o “selo de mobilidade reduzida” para poderem resguarda-se do calor intenso que colocou o distrito de Lisboa em alerta vermelho.

“Encaro isto como um sacrifício. O Papa [Francisco] tem 86 anos e também anda por aí”, declara, enquanto classifica de “anjos” os dois voluntários – João Cunha e Leonor Barral -, que chegaram para lhe dar o bendito selo.

As dezenas de fontes com água potável que existem nos vários setores do recinto estão repletas de filas de jovens peregrinos que enchem as garrafas azuis da JMJ e que molham os cabelos e o corpo para se refrescarem.

Os avisos no écrans apelam que se beba água, enquanto a maioria dos peregrinos se estende ao sol em panos e plásticos ou encontra-se à sombra dos caixotes do lixo.

Há dezenas de jovens a receber assistência médica nas tendas de saúde por causa do calor em excesso, constatou a Lusa junto daqueles espaços.

Do lado de fora do recinto, milhares de peregrinos continuavam a chegar com sacos de cama, tendas, colchões, panamás e sombrinhas.

Alguns desmaiavam ou caíam durante o percurso por causa das elevadas temperaturas e os carros do INEM não tinham corredores de emergência para irem auxiliar e apoiar essas pessoas.

O trânsito estava muito condicionado durante a tarde para quem se dirige até ao Parque Tejo de carro ou autocarro.

Lisboa está a ser palco da JMJ, com a presença do Papa Francisco e que, até domingo, reúne milhares de peregrinos de todo o mundo.

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