Escrito por: Paulo Freitas do Amaral
Muito surpreendido fiquei, quando ouvi as declarações da presidente de câmara socialista, Inês de Medeiros, a dizer que esta frequência de debates só seria útil para achincalhar o sistema político e em que nada serviria para o progresso de Portugal.
Se ao menos argumentasse que o debate ficaria mais "afunilado" nos líderes partidários e tiraria agenda à prestação de esclarecimentos dos ministros no parlamento, ainda poderia concordar, agora usar o argumento de degradação do sistema político, parece-me desapropriado e um argumento exagerado, só compreensível devido a algum receio dos partidos do "bloco central" ou não fosse este receio também sentido nas declarações de Ribau Esteves do PSD a propósito da participação do CHEGA nestas sessões que passarão a ser mais frequentes.
Estes debates quinzenais foram introduzidos no mandato de José Sócrates, talvez pelo o próprio achar-se um "animal feroz" na sua capacidade argumentativa mas acabou por expor as suas próprias fragilidades, devido à realidade dos portugueses ser bem diferente, além de outros episódios importantes como os gestos deploráveis de Manuel Pinho que levaram à sua demissão.
A desastrosa liderança de Rui Rio e da sua calamitosa direção, retirou de forma errada, estes debates que agora são repostos a bem da fiscalização do governo, embora com regras temporais mais limitadas do que anteriormente.
Veremos pois os episódios dos próximos capítulos da governação socialista e se não acontecerá como na modalidade desportiva do judo, em que o próprio adversário muitas vezes cai, fruto da sua própria força...
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