Escrito por: Diário Digital Castelo Branco
De entre as muitas questões suscitadas pelos munícipes que assistiram à sessão, destacaram-se, por exemplo, a preocupação pela inexistência de um Multibanco na freguesia; um pedido de colocação de uma lomba na entrada de Alfrivída, de modo a obrigar os condutores a reduzir a velocidade naquele local; o mau estado em que se encontram alguns caminhos da freguesia devido à passagem de provas desportivas; a possibilidade de alargar a rede de transporte a pedido à freguesia de Perais; ou o ponto de situação das obras da Rua da Estrada, em Vila Velha de Ródão.
Estas questões mereceram a melhor atenção por parte do presidente da Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão, Luís Pereira, que lamentou, apesar da disponibilidade mostrada pela autarquia e pela Junta de Freguesia de Perais em suportar os custos da instalação, não ter sido ainda possível convencer as instituições bancárias a colocar uma caixa Multibando na freguesia, comprometendo-se a continuar a desenvolver esforços nesse sentido.
Sobre a colocação duma lomba na entrada de Alfrivída, Luís Pereira reencaminhou a questão para os serviços camarários, adiantando que a recuperação dos caminhos da freguesia será retomada pelo Município, em parceria com a Junta de Freguesia, assim que as condições climatéricas o permitam. Relativamente ao transporte a pedido, o edil esclareceu que, após a entrada em funcionamento do primeiro projeto piloto promovido pela Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, entre Fratel e Catraia Cimeira, a intenção das entidades envolvidas é implementar uma resposta mais abrangente no futuro.
Por fim, no que respeita à requalificação da Rua da Estrada, Luís Pereira explicou que, após a conclusão da 1.ª fase das obras, que abrangeu as infraestruturas elétricas, de telecomunicações e a rede de águas e efluentes domésticos, concretizada pelos Serviço de Obras por Administração Direta e Estaleiro da autarquia, foi já adjudicada a realização da 2.ª fase da intervenção, que abrange o troço que se estende entre a ponte viária sobre o Tejo e a ponte sobre a Ribeira do Açafal, aguardando-se o início das obras.
No que respeita à ordem de trabalhos da reunião, foram aprovados, com a abstenção do vereador da coligação Novo Rumo, os documentos de Prestação de Contas e o Relatório de Gestão de 2024, assim como o Inventário do Património Municipal.
Sobre a Prestação de Contas em apreço, o presidente da Câmara Municipal avançou que, em 2024, a receita corrente registou um aumento de 5,55% face a 2023, enquanto nas receitas de capital houve um acréscimo superior a 136%, tendo-se verificado um grau de execução aos níveis da receita corrente e de capital superior a 98%. Ao nível das despesas correntes e de capital registou-se um grau de execução superior a 85%.
“Nos últimos quatro anos, as contas do Município têm-se caracterizado pelo rigor e equilíbrio orçamental. A autarquia tem conseguido manter a capacidade de realizar investimentos com base na poupança corrente e, em 2025, regista-se o maior investimento de sempre em obras públicas, o que será feito com recurso a capitais próprios e a candidaturas no âmbito quadros comunitários de apoio e sem contração de empréstimos bancários”, referiu Luís Pereira, que adiantou que “a dívida da autarquia no final deste quadriénio é de zero euros”.
De entre os projetos com arranque previsto em 2025 destacam-se, por exemplo, a construção de 26 novas moradias na Avenida da Serra e o Centro Operacional Municipal de Proteção Civil, em Vila Velha de Ródão, a requalificação urbanística da Rua da Estrada ou a transformação da antiga Escola Primária Adães Bermudes em Creche Municipal.
Entre outros assuntos, nesta reunião foi ainda aprovada a celebração de um protocolo entre o Município e a Navigator Tissue Ródão para a construção de uma rotunda e a permuta de prédios rústicos; a aquisição de dois prédios em Vila Velha de Ródão e Sarnadas de Ródão; a atribuição de apoios no âmbito do Regulamento Municipal de Apoio à Fixação de Jovens e Famílias; a atribuição de subsídios às Associações do concelho ao abrigo do Regulamento de Apoio ao Associativismo ou a classificação do Núcleo de Arte Rupestre de Fratel / Cachão do Boi como Sítio de Interesse Nacional.
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